Criança, A Alma do Negócio é um documentário dirigido pela cineasta Estela Renner e produzido por Marcos Nisti sobre como a sociedade de consumo e as mídias de massa impactam na formação de crianças e adolescentes.
https://www.youtube.com/watch?v=KQQrHH4RrNc
Sociologia
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Jovens e cultura - 2º Ano
Jovens e cultura
Hoje é comum nos referirmos às pessoas entre 13 e 30 anos como jovens. Essa delimitação, às vezes, se estende às pessoas um pouco mais velhas ou mesmo mais novas. Podemos, inclusive, utilizar o termo “jovem” em vez de “adolescente”. Isso ocorre porque não há uma definição muito precisa de quando começa a idade “jovem”, tampouco de quando ela termina. Para os fins desta Situação de Aprendizagem, nos referiremos à faixa etária em que se encontram os alunos como “jovens”.
O aspecto mais relevante a ser destacado em relação ao exercício de sensibilização é que os jovens não são todos iguais. No Brasil, essa realidade parece evidente do ponto de vista sociodemográfico em função das enormes desigualdades sociais ainda vigentes em nosso país. Porém, o que é interessante apontar, além das diferenças que podemos observar em relação à origem social dos jovens, ao sexo, ao local de moradia, ao grau de escolaridade, e a outros fatores, são as diversidades quanto aos hábitos de consumo, às práticas de lazer e de fruição, assim como às de produção de cultura e de identidade.
Embora os interesses, os hábitos de lazer e o comportamento das pessoas mais novas, em geral, tendam a ser diferentes daqueles das pessoas mais velhas, até a década de 1950, aproximadamente, não se podia dizer que os jovens se destacavam como possuidores de uma “cultura própria”, ou como consumidores de produtos específicos para sua faixa etária e praticantes de atividades de lazer circunscritas a eles. Ser jovem era mais uma fase da vida antes de se tornar adulto, com suas fragilidades e especificidades. O jovem precisava ser “preparado” para se tornar um cidadão, segundo determinados padrões considerados adequados, dependendo da sociedade na qual estava inserido.
Esse quadro começou a mudar com o surgimento da cultura e da comunicação de massa, após a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram o primeiro país a se beneficiar do novo ciclo de desenvolvimento industrial que deslanchou com o final da guerra, quando houve ampla diversificação da produção e o aumento significativo dos níveis de emprego e dos benefícios do Estado de Bem-Estar Social. Esse período também foi caracterizado pelo crescimento do consumo, ampliado pela criação de novos bens e crescente importância dos meios de comunicação. Nessa época, a escolaridade obrigatória foi estendida e houve significativa expansão da oferta de empregos para os jovens recém-saídos do sistema educacional. Tais condições sociais e econômicas proporcionaram a emergência de novos estilos juvenis de vida.
“O aumento da disponibilidade e da procura por diversão e por elementos diferenciados de consumo provoca rápida resposta por parte da indústria, do comércio e da publicidade, que passa a produzir bens específicos para esse público, alimentando o espraiamento dos novos hábitos. Está montado, assim, o cenário de uma juventude fundamentalmente ligada ao seu tempo de lazer; em lanchonetes ouve rock-’n’-roll em jukebox (máquina parcialmente automatizada capaz de selecionar discos ou faixas de discos inserindo-se moedas e selecionando-se as músicas que se deseja ouvir) ou programas de auditório; consome novas mercadorias, de guloseimas (refrigerantes, chicletes etc.) a roupas (jeans, jaqueta de couro) e meios de locomoção (a motocicleta), todos marcada e distintivamente juvenis. Esses elementos aparecem como característicos de um novo padrão de comportamento – que inclui maior liberdade e autonomia para os jovens – interpretado como uma diminuição geral da autoridade e controle paternos, paralelamente a uma valorização do prazer e do consumo como fontes de gratificação imediata.
ABRAMO, Helena Wendel. Cenas juvenis: punks e darks no cenário urbano. São Paulo: Página Aberta, 1994. p. 29.
Consumo versus consumismo - 2º Ano
Consumo versus consumismo
Para alguns autores, o consumismo está mais relacionado com
a criação de desejos crescentes, do que com a satisfação de necessidades. Ou
seja, muitas propagandas, ao tentar vender seus produtos, não apelam para uma
necessidade que o indivíduo tem e que aquele produto irá preencher ou
satisfazer, e sim para desejos que ele nem sabe que tem ou que muitas vezes não
tem.
Muitas vezes, as propagandas usam frases como: “Esse produto
trará uma satisfação que você não espera”, ou algo similar. Ou seja, ela não
vende a satisfação de uma necessidade existente, mas a criação de uma nova
necessidade que a pessoa nem sabia que existia, mas que aquele produto irá
suprir. Não é raro que a propaganda, transmitida pelos meios de comunicação,
trabalhe a ideia de que o produto pode mudar a vida da pessoa ou de que a mesma
não tem consciência de como isso poderia ser bom para ela.
A incessante criação de desejos implica a contínua
substituição dos objetos, uma vez que novas necessidades são criadas o tempo
todo e assim nos baseamos no excesso e no desperdício (BAUMAN, 2008, p. 53). O
volume de novidades rapidamente torna obsoletas levas e levas de produtos. Há então
um excesso de novidades.
“Na economia consumista, a regra é que primeiro os produtos apareçam (sendo inventados, descobertos por acaso ou planejados pelas agências de pesquisa e desenvolvimento), para só depois encontrar suas aplicações. Muitos deles, talvez a maioria, viajam com rapidez para o depósito de lixo, não conseguindo encontrar clientes interessados, ou até antes de começarem a tentar. Mas mesmo os poucos felizardos que conseguem encontrar ou invocar uma necessidade, desejo ou vontade, cuja satisfação possam demonstrar ser relevante (ou ter a possibilidade de), logo tendem a sucumbir às pressões de outros produtos “novos e aperfeiçoados” (ou seja, que prometem fazer tudo o que os outros podiam fazer, só que melhor e mais rápido – com o bônus extra de fazer algumas coisas que nenhum consumidor havia até então imaginado necessitar ou adquirir) muito antes de sua capacidade de funcionamento ter chegado ao seu predeterminado fim.”
“Na economia consumista, a regra é que primeiro os produtos apareçam (sendo inventados, descobertos por acaso ou planejados pelas agências de pesquisa e desenvolvimento), para só depois encontrar suas aplicações. Muitos deles, talvez a maioria, viajam com rapidez para o depósito de lixo, não conseguindo encontrar clientes interessados, ou até antes de começarem a tentar. Mas mesmo os poucos felizardos que conseguem encontrar ou invocar uma necessidade, desejo ou vontade, cuja satisfação possam demonstrar ser relevante (ou ter a possibilidade de), logo tendem a sucumbir às pressões de outros produtos “novos e aperfeiçoados” (ou seja, que prometem fazer tudo o que os outros podiam fazer, só que melhor e mais rápido – com o bônus extra de fazer algumas coisas que nenhum consumidor havia até então imaginado necessitar ou adquirir) muito antes de sua capacidade de funcionamento ter chegado ao seu predeterminado fim.”
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das
pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2008. p. 53-54.
O consumo faz parte de toda a vida social, pois os seres
humanos precisam consumir para existir. Mas nas sociedades que passaram pelo
processo de industrialização não há apenas o consumo como forma de satisfação
de necessidades básicas; há também o consumismo. Ou seja, o consumo contínuo e
incessante de bens, serviços e produtos muitas vezes supérfluos.
Outro ponto importante nessa discussão sobre consumo e
consumismo diz respeito à questão da felicidade. Inicialmente, peça para a turma
dar exemplos, com base em sua experiência pessoal, de elementos presentes na
nossa cultura que podem trazer felicidade para uns e não trazer para
outros.
Por fim, estabeleça uma discussão sobre felicidade,
consumismo e as propagandas analisadas. Afinal, as propagandas veiculadas pelos
meios de comunicação de massa, como a televisão, o cinema, o rádio e a
internet, procuram vender produtos que muitas vezes agradam pessoas dos mais diferentes lugares.
1. Explique do que trata o texto apresentado. Cite exemplos de produtos incessantemente aperfeiçoados em nossa sociedade.
1. Explique do que trata o texto apresentado. Cite exemplos de produtos incessantemente aperfeiçoados em nossa sociedade.
Com frequência, elas não vendem apenas produtos, mas também
sentimentos, como a felicidade.
“Que os seres humanos preferiram a felicidade à infelicidade é uma
observação banal, um pleonasmo, já que o conceito de “felicidade” em seu uso
mais comum diz respeito a estados ou eventos que as pessoas desejam que
aconteçam, enquanto a “infelicidade” representa estados ou eventos que elas
querem evitar. Os dois conceitos assinalam a distância entre a realidade tal
como ela é e uma realidade desejada. Por essa razão, quaisquer tentativas de
comparar graus de felicidade experimentados por pessoas que adotam modos de
vida distintos em relação ao ponto de vista espacial ou temporal só podem ser
mal-interpretadas e, em última análise, inúteis.
Na verdade, se o povo A passou sua vida em um ambiente sociocultural
diferente daquele em que viveu o povo B, seria inútil ou arrogante afirmar que
A ou B era “mais feliz”. Os sentimentos de felicidade ou sua ausência derivam
de esperanças e expectativas, assim como de hábitos aprendidos, e tudo isso
tende a diferir de um ambiente social para outro. Assim, uma comida saborosa
apreciada pelo povo A pode ser considerada repulsiva e venenosa pelo povo B. Da
mesma maneira, as condições reconhecidamente capazes de tornar feliz o povo A
poderiam deixar o povo B bastante infeliz e vice-versa.”
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das
pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2008. p. 58-59.
2, Escreva um texto dissertativo sobre a relação entre consumo, consumismo e felicidade
2, Escreva um texto dissertativo sobre a relação entre consumo, consumismo e felicidade
Pesquisa em grupo - 2º ano
a) cada grupo deverá escolher um produto que
recorrentemente apareceu empropagandas nos meios de comunicação. As propagandas podem ser
coletadas em revistas ou jornais, em sites da internet, em catálogos, ou,
quando veiculadas em outros suportes que não os impressos, como a televisão,
por exemplo, transcritas e/ou anotadas;
b) os grupos devem pesquisar o maior número de propagandas que
encontrarem sobre o produto escolhido.
c) a propaganda deve sempre conter texto (mesmo que pequeno
e restrito a uma frase) e imagem do produto. No caso daquelas veiculadas pela
televisão, a fala equivale ao texto sobre o produto;
Ao analisar esses elementos, os grupos precisam procurar
entender :
a) Como um produto pode ser mostrado em texto e imagem de
diferentes formas. Dependendo do produto a ser analisado, eles podem encontrar
duas situações principais: propagandas sobre um mesmo produto que pouco diferem
entre si (seja porque o ângulo de exposição do produto nas fotos é sempre muito
parecido, seja porque os textos não são muito diferentes, como é o caso das
propagandas de cerveja no verão que, independentemente da marca, mostram jovens
em bares ou praias em roupas descontraídas); ou propagandas sobre um mesmo
produto que apresentam uma grande
diferenciação na forma de expô-lo;
b) Se a propaganda trata das qualidades reais do produto ou
se ela “vende” algo que não está ligado diretamente a ele, como, status,
relacionamentos ou mesmo sentimentos (alegria, felicidade e bem-estar, por
exemplo).
A pesquisa deverá constar:
1. explicação do tipo de produto escolhido;
2. a quantidade propagandas foram analisadas
3. diferenças do(s) tipo(s) de suporte midiático em que as
propagandas foram coletadas (televisão, jornal, revista, internet etc.);
4. explicação dos resultados das análises dos itens a e b;
5. criação de uma redação unificando as informações.
5. criação de uma redação unificando as informações.
O papel da linguagem na transmissão cultural e os meios de comunicação de massa / Cultura versus cultura de massa - 2º ANO
O papel da linguagem na transmissão cultural e os meios de
comunicação de massa
Como vivemos em sociedade, não é possível deixar de lembrar
que não há cultura individual e que toda cultura é socialmente partilhada. O
homem, ao nascer, é absolutamente frágil, um dos seres mais frágeis que
existem. Assim como outros mamíferos, ele precisa que alguém lhe dê água,
comida, abrigo e que cuide de sua higiene.
Mas, ao contrário do que ocorre com os outros animais,
pode-se ensinar praticamente tudo a um ser humano já na primeira infância.
Assim, um bebê nascido no Brasil e criado por outra família na China vai agir
falar e pensar de acordo com os hábitos culturais da família que o adotou. Ele
poderá não gostar de arroz com feijão e ter dificuldade de pronunciar palavras
da língua portuguesa, caso algum dia retorne para cá. Ele pensará como um
chinês e falará como tal. Provavelmente gostará de comidas que, para o paladar
brasileiro, são consideradas inadmissíveis, como escorpiões e certos tipos de
insetos. Certamente terá maior facilidade em comer com fachis (em japonês,
hashis, os “palitos” que muitos povos asiáticos utilizam para se alimentar).
Enfim, agirá e pensará como um chinês, embora tenha nascido de pais
brasileiros. O mesmo não ocorre com os animais. Um gato, por exemplo, pode até
ser criado com uma família de cachorros, mas nunca latirá. Isso porque seu
comportamento é regido muito mais pelos instintos.
Logo, para os seres humanos, a linguagem tem papel
importantíssimo na apreensão dos conteúdos simbólicos, pois é por meio dela que
nos tornamos seres humanos. É por intermédio dela que os padrões culturais são
transmitidos por meio de símbolos e sinais. E na nossa sociedade existem vários
mecanismos de transmissão cultural.
Alguns grupos dos quais fazemos parte são importantes
mecanismos de transmissão cultural, como a família, os amigos, o trabalho, a
vizinhança, a escola, entre outros. Outros mecanismos de transmissão cultural
são os meios de comunicação, como a televisão, o rádio, a internet, os jornais,
além dos livros, das obras de arte, dos brinquedos, entre muitos outros.
Se a linguagem é essencial na transmissão cultural, cada vez
mais na nossa sociedade ela é transmitida pelos meios de comunicação de massa.
Por meio deles compreendemos o que se passa na sociedade e como devemos agir
socialmente.
Cultura versus cultura de massa
Os sociólogos não concordam entre si sobre o seu significado
e muito menos quanto à sua conotação. De forma geral, usam a palavra “massa” para
designar um grande número de pessoas, heterogêneas quanto à origem social e
geográfica, e indiferenciadas entre si quanto a normas de comportamento e
valores. O termo, às vezes, é usado de forma positiva e, em outras, de forma
negativa. Tanto pode ser usado para referir-se ao conjunto da população, quando
as pessoas falam, por exemplo, “naquela partida de futebol havia uma massa
humana imensa”, como para referir-se aos grupos populares, como em “a esgrima
não é um esporte para todos, não é um esporte para a massa” (CUCHE, 2002, p.
158). De qualquer maneira, deve-se ter muito cuidado ao falar em cultura de
massa, pois esse termo pode passar a ideia de que existiria uma cultura da
maioria da população, uma cultura de massa, e outro tipo de cultura, partilhada
por poucos. Muitos autores não trabalham mais com a divisão entre cultura
popular (entendida como cultura do povo, da maioria da população) e cultura
erudita (uma cultura partilhada por membros da elite), pois ela dá a entender
que a maioria das pessoas seria dotada de hábitos tão diferentes de outras
parcelas da população que acabariam constituindo entre si uma cultura própria.
De modo geral, acredita-se que haja uma cultura partilhada e que os diferentes
segmentos que a compõem se inserem de forma distinta numa mesma cultura
partilhada por todos. O que ocorre é que cada segmento possui um lugar próprio
dentro de uma cultura partilhada por todos.
Confunde-se cultura para as massas e cultura de massa. Uma
grande massa de indivíduos recebe uma mesma mensagem, mas isso não quer dizer
que todos a compreendam igualmente (CUCHE, 2002, p. 158). A mensagem veiculada
pelos meios de comunicação de massa dirige-se a grandes parcelas da população,
porém, seria ingênuo acreditar que todos a entendam de forma idêntica.
“Eles [a “massa”] se apropriam deles [programas de televisão],
reinterpretam-nos segundo suas próprias lógicas culturais. Uma série de
televisão como Dallas, que obteve um sucesso quase mundial, até nas favelas de
Lima, no Peru, ou nas aldeias saarianas de Argélia, não foi compreendida da
mesma maneira nem assistida pelas mesmas razões em todos os lugares, em todos
os meios sociais. Por mais “padronizado” que seja o produto de uma emissão, sua
recepção não pode ser uniforme e depende muito das particularidades culturais
de cada grupo, bem como da situação que cada grupo vive no momento da recepção.”
CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2
ed. Bauru: Edusc, 2002. p. 159-160.
Quando um produto é lançado no mercado, isso não significa
que ele será, de imediato, consumido em larga escala e que todos,
independentemente de sua idade, sexo ou grupo social ao qual pertençam, o
aceitarão sem restrições. Um bom exemplo é o do telefone. Hoje visto como
equipamento essencial para a maioria das pessoas, quando surgiu, no final do
século XIX, não foi tão bem-visto.
“Hoje, o telefone
é um importante meio de comunicação. Ele sofisticou-se e transformou-se no
telefone celular. Milhões de equipamentos são fabricados e vendidos, todos os
anos, para os mais diferentes países. Além disso, são muito cobiçados, pois
novos modelos surgem diariamente. Entretanto, sua história não foi bem-aceito
em muitos lugares. Ao que parece, era visto como um intruso no espaço privado.
Numa época marcada pela formalidade, em que era inconcebível que as pessoas se
visitassem sem convite ou agendamento prévio, esse aparelho que toca sem hora
marcada incomodava porque invadia a privacidade. Afinal, podia tocar nos
momentos mais improváveis. Como nas casas abastadas quem atendia a campainha
eram os empregados, até o ato de se levantar para atendê-lo não era bem-visto
pelos membros da elite, pois parecia um gesto servil. Logo, para que essa
invenção se tornasse um meio de comunicação de massa aceito por todos, foram necessárias
várias décadas.”
Elaborado especialmente
para o São Paulo faz escola.
Responda as questões abaixo:
1. É possível falar em cultura de massa? Exponha o que você
entendeu.
2. Explique a relação entre cultura e linguagem.
Sugestões de filme - 2º Ano
1) O visitante
Direção: Thomas McCarthy. EUA, 2009. 105 min.
Walter Vale (Richard Jenkins) é um professor universitário de 62 anos, que não tem um objetivo na vida. Solitário desde o falecimento de sua esposa, ele permanece na universidade em que trabalha e finge ser co-autor de livros os quais nem lê. Um dia é enviado para uma conferência em Nova York, já que a autora de um destes livros está impossibilitada de comparecer. Reticente a princípio, mas sem escapatória, Water viaja. Ele resolve ficar em seu apartamento na cidade, o qual não visita há vários meses. Porém ao chegar descobre que o local agora abriga um casal de imigrantes ilegais, formado pelo sírio Tarek (Haaz Sleiman) e a senegalesa Zainab (Danai Jekesai).
2) O povo brasileiro. Direção: Isa Grinspun Ferraz. Brasil, 2000. 280 min. Recriação da narrativa de Darcy Ribeiro. Discute a formação do povo brasileiro, destacando nossa origem mestiça e o singular sincretismo cultural dela resultante.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
O Movimento feminista
O Movimento Feminista
Assim como tantas outras lutas, a luta das mulheres por direitos também não foi fácil. O sentido do que significa ser mulher variou ao longo da história. As mulheres foram vistas em muitas sociedades como seres inferiores, por natureza; tiveram que quebrar uma serie de preconceitos não só da parte dos homens, mas também de outras mulheres. Esta luta que na maior parte das vezes, era de um movimento de mulheres, no século XX passou a se organizar na forma do feminismo. Um movimento que ao tomar consciência do caráter histórico da condição feminina, propôs justamente a alteração dessa condição.
Pode-se dizer que o feminismo foi um movimento heterogêneo em que mulheres de diversos segmentos lutaram por direitos diferentes, dependendo de seus interesses. Isso ocorreu porque a condição feminina é plural, e tal diversidade se expressou em diferentes reivindicações.
No Brasil os movimentos de mulheres procuram intervir no mundo público a partir da condição de dona de casa, esposa e mãe. São exemplos dessas organizações: os movimentos contra carestia, os clubes de mães e o movimento pela anistia, entre outros. Mas o movimento feminista procurava colocar em discussão a própria condição feminina.
Na verdade, no século XIX existiam duas grandes correntes dentro do feminismo; a linha igualitarista (que era a favor da igualdade entre homens e mulheres) e a linha dualista (que valorizava a diferença da contribuição feminina).
Logo, a luta das mulheres por cidadania não foi uma luta que uniu todas as mulheres em uma mesma causa, em todos os momentos. Na verdade, aquelas pertencentes a burguesia lutava mais por direitos políticos e as pertencentes às classes trabalhadoras, por direitos trabalhistas. É por isso, que durante muito tempo, o que existiu não foi o feminismo enquanto um movimento de luta pela alteração das relações entre homens e mulheres, mas, sim movimentos de mulheres. Ou seja, as idéias e as práticas feministas nunca forma homogêneas; nem no Brasil, nem em outros países. A
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