segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Revoltas Sociais no Brasil - 3ºano

Data
Evento
Local
Atores sociais envolvidos
Características
1832 a 1835
Revolta dos Cabanos
Pernambuco e Alagoas
Pequenos proprietários, índios, brancos pobres sem-terra e sem-trabalho e negros fugidos, liderados  pelo mulato Vicente Ferreira de Paula.
Os rebelados tinham como principais demandas sociais a libertação dos escravos e a posse da terra na região das matas entre o sertão e a zona litorânea de Pernambuco e Alagoas, reivindicada pelos grandes senhores de terras, de onde os cabanos tiravam seu sustento. A revolta durou três anos e foi enfrentada pelas tropas do governo em forma de guerrilha, nas matas da região.
1835 a 1840
Cabanagem
Belém (PA), na então província do Grão-Pará.
Índios chamados de “tapuios”, negros libertos e mestiços, liderados pelo lavrador Francisco Vinagre e pelo seringueiro Eduardo Angelim.
A principal motivação para a revolta foram as ações do governo da província do Grão-Pará, considerado impopular e responsável pela miséria em que essas populações viviam. Os cabanos tomaram a capital, Belém (PA), mataram o governador e decretaram independência em relação ao Império brasileiro. A luta continuou até 1840; foi a rebelião mais sangrenta da história do Brasil, com cerca de 30 mil mortos (20% da população).
1835
Revolta dos Malês
Salvador (BA)
Negros alforriados e escravos muçulmanos nagôs, que  se uniram  a outros das nações iorubá, hauçá,  jeje e tapa.
Embora não tivessem um projeto político definido, pretendiam tomar o governo e se tornar livres, a fim de professar suas crenças religiosas e vivenciar suas identidades étnicas em um país predominantemente católico e fortemente dominado por um regime senhorial escravocrata.
1838 a 1840
Balaiada
Maranhão  e Piau
Vaqueiros, artesãos e escravos  fugitivos,  liderados  pelo fabricante de balaios Manoel  Francisco Gomes.
As origens da Balaiada  estão nos desmandos e abusos de poder perpetrados pelas autoridades locais que, em um momento de forte crise da economia maranhense, conduziram ao levante das populações locais contra o governo provincial. Os “balaios” chegaram a reunir 11 mil homens armados e tomaram a cidade de Caxias (MA), mas foram derrotados em 1840 por Luís Alves de Lima e Silva, que veio a se tornar o Duque de Caxias.
1851 a 1852
Revolta contra o Censo Geral do Império e o Registro Civil de Nascimentos e Óbito
Todas as províncias  do Nordeste  e norte de Minas Gerais
Camponeses e trabalhadores rurais pobres.
Até 1850, o único registro que havia era dos escravos que entravam no país. Por isso, a população temia que o governo estivesse estabelecendo um novo tipo de escravidão ao impor o censo. O registro civil de nascimentos foi interpretado como uma sobreposição do poder do Estado em relação à Igreja, o que era considerado inadmissível.
1874
Revolta do Quebra-Quilos
Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Alagoas  e Rio Grande do Norte
Pequenos proprietários, comerciantes e consumidores.
Ao mudar o velho sistema de pesos e medidas, o governo do Visconde de Rio Branco introduziu também a cobrança de aluguéis e taxas dos novos sistemas de aferição dos pesos e medidas, o que onerava os comerciantes, aumentando ainda mais o descontentamento da população com relação às mudanças, provocando inúmeras reações de rebelião.
1896 a 1897
Guerra de Canudos
Sertão  da Bahia
Jagunços, camponeses  e ex-escravos.
Rejeitando as medidas secularizadoras adotadas pela República, o líder Antônio Conselheiro tentou criar uma comunidade de santos, onde as pessoas viveriam unidas pela fé, exercendo práticas religiosas tradicionais. Ele acreditava que a cobrança de impostos e o casamento civil eram práticas contrárias ao que a Igreja preconizava e que o modo de vida defendido por ele poderia acabar com as diferenças sociais. Canudos foi inteiramente destruída pelas forças republicanas em 1897.
1912 a 1916
Guerra do Contestado
Paraná  e Santa Catarina
Trabalhadores sem-terra, liderados  pelo monge  José Maria.
Os moradores da região reivindicavam o direito de propriedade das terras que cultivavam, ocupadas por oligarquias regionais e duas empreendedoras estadunidenses que operavam ali, responsáveis pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira. As empresas tinham interesse em explorar a floresta nativa, de onde a população tirava seu sustento, mas o governo apoiava a expulsão de José Maria e seus seguidores, que foram severamente reprimidos por um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e até aviões.


1. Escolha um dos eventos históricos e faça uma pesquisa que contemple:
a) nome do evento, data, local e contexto em que ocorreu; 
b) circunstâncias que levaram ao acontecimento; 
c)  as lideranças e os objetivos dos diferentes grupos que participaram do episódio; 
d) o tipo de diálogo e/ou interlocução desenvolvido entre representantes dos grupos divergentes, com a finalidade de firmar acordos e tratados de cooperação mútua; 
e) descrição sucinta do desenrolar da revolta e/ou rebelião, em termos da mobilização das facções em defesa de territórios, bens, membros dos grupos, ideias e objetivos; 
f) análise e conclusão dos resultados do  episódio.

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