Data
|
Evento
|
Local
|
Atores sociais envolvidos
|
Características
|
1832 a 1835
|
Revolta dos Cabanos
|
Pernambuco e Alagoas
|
Pequenos proprietários, índios, brancos pobres sem-terra e
sem-trabalho e negros fugidos, liderados
pelo mulato Vicente Ferreira de Paula.
|
Os rebelados tinham como principais demandas sociais a libertação dos
escravos e a posse da terra na região das matas entre o sertão e a zona
litorânea de Pernambuco e Alagoas, reivindicada pelos grandes senhores de
terras, de onde os cabanos tiravam seu sustento. A revolta durou três anos e
foi enfrentada pelas tropas do governo em forma de guerrilha, nas matas da
região.
|
1835 a 1840
|
Cabanagem
|
Belém (PA), na então província do Grão-Pará.
|
Índios chamados de “tapuios”, negros libertos e mestiços, liderados
pelo lavrador Francisco Vinagre e pelo seringueiro Eduardo Angelim.
|
A principal motivação para a revolta foram as ações do governo da
província do Grão-Pará, considerado impopular e responsável pela miséria em
que essas populações viviam. Os cabanos tomaram a capital, Belém (PA),
mataram o governador e decretaram independência em relação ao Império
brasileiro. A luta continuou até 1840; foi a rebelião mais sangrenta da
história do Brasil, com cerca de 30 mil mortos (20% da população).
|
1835
|
Revolta dos Malês
|
Salvador (BA)
|
Negros alforriados e escravos muçulmanos nagôs, que se uniram
a outros das nações iorubá, hauçá,
jeje e tapa.
|
Embora não tivessem um projeto político definido, pretendiam tomar o
governo e se tornar livres, a fim de professar suas crenças religiosas e
vivenciar suas identidades étnicas em um país predominantemente católico e
fortemente dominado por um regime senhorial escravocrata.
|
1838 a 1840
|
Balaiada
|
Maranhão e Piau
|
Vaqueiros, artesãos e escravos
fugitivos, liderados pelo fabricante de balaios Manoel Francisco Gomes.
|
As origens da Balaiada estão nos
desmandos e abusos de poder perpetrados pelas autoridades locais que, em um
momento de forte crise da economia maranhense, conduziram ao levante das
populações locais contra o governo provincial. Os “balaios” chegaram a reunir
11 mil homens armados e tomaram a cidade de Caxias (MA), mas foram derrotados
em 1840 por Luís Alves de Lima e Silva, que veio a se tornar o Duque de
Caxias.
|
1851 a 1852
|
Revolta contra o Censo Geral do Império e o Registro Civil de
Nascimentos e Óbito
|
Todas as províncias do
Nordeste e norte de Minas Gerais
|
Camponeses e trabalhadores rurais pobres.
|
Até 1850, o único registro que havia era dos escravos que entravam no
país. Por isso, a população temia que o governo estivesse estabelecendo um
novo tipo de escravidão ao impor o censo. O registro civil de nascimentos foi
interpretado como uma sobreposição do poder do Estado em relação à Igreja, o
que era considerado inadmissível.
|
1874
|
Revolta do Quebra-Quilos
|
Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte
|
Pequenos proprietários, comerciantes e consumidores.
|
Ao mudar o velho sistema de pesos e medidas, o governo do Visconde de
Rio Branco introduziu também a cobrança de aluguéis e taxas dos novos
sistemas de aferição dos pesos e medidas, o que onerava os comerciantes,
aumentando ainda mais o descontentamento da população com relação às
mudanças, provocando inúmeras reações de rebelião.
|
1896 a 1897
|
Guerra de Canudos
|
Sertão da Bahia
|
Jagunços, camponeses e
ex-escravos.
|
Rejeitando as medidas secularizadoras adotadas pela República, o líder
Antônio Conselheiro tentou criar uma comunidade de santos, onde as pessoas
viveriam unidas pela fé, exercendo práticas religiosas tradicionais. Ele
acreditava que a cobrança de impostos e o casamento civil eram práticas
contrárias ao que a Igreja preconizava e que o modo de vida defendido por ele
poderia acabar com as diferenças sociais. Canudos foi inteiramente destruída
pelas forças republicanas em 1897.
|
1912 a 1916
|
Guerra do Contestado
|
Paraná e Santa Catarina
|
Trabalhadores sem-terra, liderados
pelo monge José Maria.
|
Os moradores da região reivindicavam o direito de propriedade das
terras que cultivavam, ocupadas por oligarquias regionais e duas
empreendedoras estadunidenses que operavam ali, responsáveis pela implantação
da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira. As
empresas tinham interesse em explorar a floresta nativa, de onde a população
tirava seu sustento, mas o governo apoiava a expulsão de José Maria e seus
seguidores, que foram severamente reprimidos por um grande contingente de
soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e até aviões.
|
1. Escolha um dos eventos históricos e faça uma pesquisa que contemple:
a) nome do evento, data, local e contexto em que ocorreu;
b) circunstâncias que levaram ao acontecimento;
c) as lideranças e os objetivos dos diferentes grupos que participaram do episódio;
d) o tipo de diálogo e/ou interlocução desenvolvido entre representantes dos grupos divergentes, com a finalidade de firmar acordos e tratados de cooperação mútua;
e) descrição sucinta do desenrolar da revolta e/ou rebelião, em termos da mobilização das facções em defesa de territórios, bens, membros dos grupos, ideias e objetivos;
f) análise e conclusão dos resultados do episódio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário